Tuesday, May 27, 2008

Viveremos naquilo que fomos!

O nosso corpo desaparecerá e aquilo que nos mantém inteiros o que somos por dentro viverá nas palavras que deixámos, na arte que criámos, nas amizades que fizemos e com eles a nossa memória crescerá e em tempos distantes em outros avivará. Aquilo que fomos outrora, esta presente nos materiais que deixamos e quando a nossa voz se calar, quando as nossas mãos desaparecerem é o nosso passado que falara...

Monday, May 26, 2008

Graffiti e Arqueologia


Arte ou a arte criminalista de uma juventude que tem o intuito de se manifestar?

Terá sido também este o pensamento do Homem pré-histórico quando reparou, que alguém tinha "rabiscado" numa pedra uns símbolos estranhos, e que por alguma razão eles ganharam significado dentro da sociedade? os Romanos aproveitaram as paredes para manifestar as suas preferências políticas, publicitar certas "actividades lúdicas" e apreço pessoais. Foi assim a partir dum conjunto de heranças e ideais, que o actual graffiti se terá desenvolvido (mesmo que este não tenha plena consciência do seu passado histórico).

A fusão do graffiti e a arqueologia origina um conceito que decompõe uma parede ou outro suporte nas suas diferentes UE´s de tinta. Basicamente encontramos o conceito de estratigrafia aplicado ao graffiti: a sequência das camadas de tinta ocorre na ordem inversa à sua aplicação. Tal como numa escavação este processo implica o seu registo, neste caso encontramos na fotografia o elemento principal que desmancha a tinta mais recente, tendo estas sido feitas ao longo dos anos e em diversas alturas, o que permitem um registo mais completo.

O Graffiti passou duma marca territorial, afirmação política, mancha na paisagem urbana/rural e arte para novos conceitos que evidenciam a necessidade de procurar "o original graffiti daquela parede", ou seja GraffitiArchaeology.