Saturday, June 9, 2007

Salvem o Porro, Porra! Parte II (infelizmente)


Manuel Calado, já há vários meses, tinha alertado para o facto de os novos avanços da pedreira do Monte das Flores (Évora) se dirigirem perigosamente na direcção do povoado Neolítico do Porro.

Desde essa altura, e apesar dos responsáveis pela pedreira terem sido avisados pelo I.P.A., os trabalhos voltaram a avançar, encontrando-se agora a nova frente de exploração a escassas dezenas de metros do conjunto de arte rupestre e do interior do povoado. Foram identificados materiais Neolíticos nas terras recentemente removidas, bem como estratigrafias arqueológicas em corte.

Esperemos que uma solução sensata seja encontrada quanto a esta situação, uma vez que falamos de um sítio arqueológico, de primeira água no concelho de Évora, cuja perda seria inestimável para o património concelhio. Que as entidades com responsabilidades nesta matéria não ajam com brandura, em relação a casos como este, e que se faça cumprir a lei.
Um programa de sondagens para breve é o mínimo que esperamos.

Continuaremos a dizer: "salvem o Porro, Porra!"
(pelo menos, enquanto ele existir...).



O afloramento do Porro.

Aspecto dos trabalhos em Janeiro de 2007

Área afectada, até ao momento.

As imagens ilustram a proximidade a que os trabalhos se encontram do grande afloramento granítico do Porro (já dentro do povoado): a nova frente de exploração da pedreira, à esquerda, e o rochedo do Porro, à direita..
As estratigrafias Neolíticas foram já cortadas, algures mais abaixo, depois da "montanha" de terra...

Habitante local, que por enquanto ainda se pode abrigar debaixo do rochedo do Porro.

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